2FA | Two Factor Authenticator

Trata-se do processo de autenticação forte, uma medida adicional de segurança, em que conjuga a validação através de vários factores (2 de 3), por exemplo, password/PIN/resposta secreta + SMS ou impressão digital ou envio de link por e-mail.

Airdrop

Distribuição   de   tokens,   que   normalmente   é   gratuita,   que funciona   como   estratégia   de   marketing   para   divulgar   um   determinado projeto e atrair investidores. Por vezes será necessário cumprir com alguns pré-requisitos,   de   modo   a   ficar   elegível.   O   CoinmarketCap   é   um   bom exemplo, pois ocorrem com frequência vários airdrops.

Altcoin

É o termo utilizado para classificar qualquer “moeda” que não seja a Bitcoin. O seu aparecimento deve-se à necessidade de diversificar e melhorar o ecossistema cripto, procurando soluções para resolver alguns dos seus problemas. A principal altcoin neste momento é Ethereum, que oferece, entre outros, os contratos inteligentes (smart contracts). Estima-se que existam neste momento cerca de 13.000 altcoins (Fonte: Coingecko)

All-time High / All-time Low

Trata-se de referência ao ponto mais alto (ATH) ou mais baixo (ATL), no que concerne ao preço de uma criptomoeda, levando em conta o seu histórico no mercado. Em teoria, um ATH representa o “preço máximo de venda” ao qual uma criptomoeda foi vendida ou o “preço máximo de compra” que um investidor se ofereceu para comprar uma criptomoeda. Inversamente, O ATL representa o preço mais baixo pelo qual uma cripto foi negociada num mercado.

AR – Argumented Reality (Realidade Aumentada)

Ao contrário do VR, que tem como objetivo criar um ambiente simulado, a realidade aumentada tem como cenário o mundo real, tendo o espectador o controlo sobre a sua presença. São adicionados elementos digitais, como forma de melhoria desse ambiente. No que concerne ao equipamento necessário para um utilizador usufruir desta tecnologia, bastará apenas utilizar a câmera do seu smartphone.

Bear Market

Termo muito utilizado para classificar o mercado quando está em queda, por um determinado período de tempo que poderá ser de alguns meses até vários anos. Durante um bear market, assiste-se à queda acentuada de preços e de confiança no mercado (sentimento BEARISH), por parte dos investidores. No entanto, nem tudo são más notícias, pois durante este período, poderão surgir boas oportunidades de compra. Existem bons projetos que ficam subvalorizados. Esta é normalmente uma estratégia utilizada pelos investidores de longo prazo que aproveitam estes momentos de quebra para acumular ativos.

Bitcoin

Bitcoin ou simplesmente BTC, é a primeira moeda digital do mundo completamente descentralizada, de código aberto e peer-to-peer, sem a necessidade de intermediários.
Surgiu em novembro de 2008, através do seu criador – Satoshi Nakamoto, que em 31/10/2009 publicou o seu whitepaper. Em 2010, terá desaparecido subitamente sem deixar rasto.
O valor da BTC não deriva do ouro ou fiat money (USD, EUR…), mas sim, do valor que lhe é atribuído pelas pessoas.
A unidade mínima de medida que é utilizada no sistema Bitcoin é o satoshi. 1 satoshi = 0,00000001 bitcoins.
Todas as transações efetuadas na rede BTC ficam registadas na blockchain. Ao nível da segurança, este sistema está protegido por criptografia de 256 bits, o mesmo que é utilizado por Bancos, Militares e Redes Virtuais (VPN’s). Qualquer pessoa pode processar transações através do poder computacional de hardware especializado (miners) e ganhar recompensas em bitcoins por prestar esse serviço. A este processo damos o nome de mining ou “mineração”.

Blockchain

É uma rede descentralizada, aberta, onde são registadas todas as transações de uma rede. Está acessível para consulta a qualquer pessoa. Através da blockchain é possível transferir valor sem a necessidade de intermediários. Está protegida por criptografia.

Uma blockchain é um livro razão descentralizado e distribuído que regista transações em múltiplos computadores de uma forma segura e transparente. As transações são verificadas por nós de rede e registadas em blocos, que são ligados entre si para formar uma cadeia. Cada bloco contém um hash criptográfico do bloco anterior, criando uma cadeia inquebrável de transações verificadas.

BTC MAXI

BTC Maxi, abreviação de “Bitcoin Maximalist”, é um termo utilizado para descrever uma pessoa ou uma comunidade que acredita na supremacia do Bitcoin em relação a outras criptomoedas. É alguém que defende firmemente os princípios fundamentais do Bitcoin e acredita que ele é a única criptomoeda verdadeiramente descentralizada e segura e que todas as outras moedas digitais são inferiores e eventualmente desaparecerão. Argumentam que a Bitcoin possui a melhor segurança, adoção e resiliência a longo prazo entre todas as criptomoedas. BTC Maxis também podem ser contra os projetos e tecnologias que procuram a inovação além da Bitcoin, considerando-os desnecessários ou até mesmo prejudiciais para o ecossistema como um todo. No entanto, é importante notar que as opiniões dos BTC Maxis variam e nem todos têm uma visão extremista.

Bull Market – Mercado em alta

Ainda que a origem do termo não seja muito clara, acredita-se que estará associado ao movimento que o animal desfere num ataque, neste caso, de baixo para cima.

Durante um bull market, verifica-se uma tendência ascendente dos preços, derivado do aumento substancial da procura e do volume de compra de ativos. Neste período, onde reina um sentimento otimista ou “bullish”, os investidores acreditam que os preços poderão subir ao longo do tempo. Mesmo assim, num bull market poderão existir alguns movimentos descendentes de preço, por períodos curtos, dada a volatilidade a que estão sujeitos estes ativos.

Burn

Decisão de retirar um certo número de tokens de circulação, pelos responsáveis de um projeto específico. Um dos principais objetivos do burn é tornar a token mais escassa e por conseguinte, mais valiosa. Todos os tokens queimados param automaticamente de funcionar e de ter valor.

CBDC (Central Bank Digital Currency)

Trata-se de moeda digital que é emitida por um Banco Central, controlada pelos governos, que visa substituir o dinheiro físico (notas/moedas). É uma moeda altamente centralizada que é projetada para ser uma representação em formato digital de uma moeda fiduciária existente (USD, EUR, YUAN, entre outras) Uma das principais vantagens apontadas para a implementação das CBDC´s é que poderão aumentar a eficiência do sistema financeiro, reduzindo os custos e os tempos de processamento de transações e combater a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal, já que as transações seriam registadas numa ledger digital permanente e inalterável, semelhante a uma Blockchain, mas privada. No entanto, a introdução de uma CBDC também poderá apresentar alguns desafios, tais como, preocupações com a privacidade, segurança e a possibilidade de que as CBDCs possam prejudicar a estabilidade financeira. Além disso, ao contrário do que acontece no caso das criptomoedas, a blockchain é privada, o que levanta algumas questões quanto à sua fiabilidade e transparência.

CEX – Centralized Exchange

Funciona como uma “casa de câmbio digital” centralizada. Permite o depósito de fundos numa conta ou carteira dentro da Exchange, para compra/venda de cripto, entre outros. Ao adquirir cripto através de uma CEX, estamos a delegar a gestão das mesmas nossas tokens, pelo que, não são nossa propriedade. As chaves privadas não ficam em nosso poder – “Not your coins, not your crypto.”

Consenso

O consenso é que todos os membros da blockchain devem concordar com a validação dos blocos e o seu conteúdo. Existem vários modelos de consenso, sendo os mais conhecidos proof of work e o proof of stake.

DAO – Organização Autónoma Independente

São sistemas descentralizados de código aberto que não precisam de um operador ou controlador humano. Podem funcionar independentemente dos seus desenvolvedores e de terceiros, uma vez que os requisitos previamente acordados sejam atendidos e refletidos num contrato inteligente.

DCA – Dollar-Cost Averaging

Entre as várias estratégias de investimento possíveis, o DCA será talvez a mais utilizada no mercado cripto. Esta estratégia consiste em investir pequenos montantes em ativos, de uma forma regular e constante, por um longo período de tempo, independentemente do preço a cada momento. Desta forma, vamos acumulando o nosso ativo digital, adquirindo menos unidades quando o preço desse ativo for mais elevado e mais unidades quando o seu preço descer, gerando um preço médio. A vantagem desta estratégia será evitar perdas de tempo tentando acertar nos momentos ideais do mercado (time the market) e proteger-nos de comportamentos irracionais, como o Sell-Off.

Degen

“Degen” é um termo utilizado na gíria do mundo cripto para descrever indivíduos que se envolvem em investimentos ou atividades de negociação de alto risco e especulativas, com pouca consideração pela gestão de risco. O termo “degen” vem de “degenerado” e é frequentemente usado de forma auto-depreciativa por traders e investidores que reconhecem que o seu comportamento não é financeiramente responsável. Este comportamento é comum em muitos mercados de criptomoedas, onde a volatilidade pode oferecer oportunidades para grandes ganhos, mas também pode resultar em grandes perdas. Embora o comportamento “degen” seja amplamente desencorajado, muitas pessoas ainda se envolvem em atividades de negociação arriscadas e especulativas. É importante lembrar que a negociação e o investimento em criptomoedas envolvem riscos significativos e que uma abordagem mais prudente e estratégica pode ser mais adequada para a maioria dos investidores.

DEX – Exchange Descentralizada

É um acrónimo para Decentralized Exchange, que no fundo não é mais que um mercado P2P, onde ocorrem transações com cripto diretamente entre investidores, sem a necessidade de intermediários, em tudo idêntico ao que acontece nas CEX (centralized exhange).

Uma das diferenças que podemos apontar, que também poderá se visto como uma vantagem, é o facto de não ser necessário efetuar o processo KYC (know your client), o que favorece a privacidade dos investidores. Alguns exemplos de DEX’s: Uniswap, Sushiswap, Pancakeswap.

Para alem de oferecem um vasto leque de cripto, outra vantagem será a necessidade de termos uma wallet (por ex.: Metamask) para podermos transacionar cripto através de uma DEX, o que significa que as chaves privadas estão em nosso poder.

DYOR – Do your own research

Mais um termo muito utilizado no mundo financeiro e sobretudo no mercado cripto. Faça a sua própria pesquisa, ou melhor dizendo, estude, leia e informe-se por si sobre determinado projeto de investimento e tome as suas próprias decisões. Não deverá seguir os conselhos dos outros, pois cada investidor terá a sua estratégia de investimento definida, bem como, a tolerância ao risco.

Epoch

No contexto de blockchains e criptomoedas, um epoch representa um período de tempo usado para marcar eventos específicos na rede blockchain, que podem corresponder à criação e adição de novos blocos, o tempo necessário para produzir blocos na rede, quando as recompensas são pagas ou quando as mudanças de manutenção programadas são efetuadas. Um epoch é uma referência comum para todos os mineradores/validadores. Um exemplo prático do uso de epochs é o staking de criptomoedas, onde os stakers usam epochs para determinar por quanto tempo precisam fazer staking dos seus tokens e o tamanho das recompensas potenciais que podem receber. É importante lembrar que a duração de um epoch pode variar dependendo da criptomoeda e da rede blockchain específicas.

No caso da Cardano, a duração de um epoch é atualmente de 5 dias.

FEE

Comissão cobrada dentro da blockchain, durante uma transação de cripto (compra, venda, troca, depósito, envio, etc…).

Flippening

Momento em que uma determinada token ultrapassa outra em termos de valor de mercado (market cap). Alguns entusiastas cripto aguardam por um flippening de Ethereum face ao Bitcoin.

FOMO – Fear of Missing Out (Medo de Ficar de Fora

Sensação de ficarmos de fora de um investimento com possíveis ganhos potenciais, devido ao aumento dos preços dos ativos, evidências objetivas ou rumores e notícias positivas, dando por vezes origem a compras impulsivas, por parte do investidor.

FUD – Fear of Uncertainty and Doubt (Medo, Incerteza e Dúvida sobre os Mercados)

Reação que os investidores têm ao ver o preço do seu investimento cair abruptamente. Nalguns casos, o FUD pode ser colocado em prática por uma pessoa ou grupo de pessoas que pretendem denegrir um determinado projeto. Estes, são conhecidos como Fudsters.

GAS

GAS é uma unidade de medida usada em algumas redes blockchain, sendo a mais conhecida Ethereum, para determinar o custo de realização de uma transação. O GAS é apurado através unidades de GWEI.

Por outras palavras, sempre que um utilizador executa uma transação na rede blockchain, baseado no modelo de consenso de Proof-of-Work (PoW) ou Proof-of-Stake (PoS), pagará uma certa quantidade de “gas” para que a transação seja validada e registrada na blockchain.

Pode variar dependendo do nível de utilização (tráfego) da rede blockchain e do tamanho e complexidade da transação. Portanto, quanto maior o tráfego da rede e mais complexa a transação, maior será o valor do “GAS”.

O objetivo do “GAS” é incentivar os mineradores ou validadores a processarem transações de maneira eficiente e justa, garantindo assim a segurança e a estabilidade da rede blockchain.

Halving

Halving é um evento que ocorre em algumas criptomoedas, como o Bitcoin, e está relacionado com a recompensa que os mineradores recebem por validar transações e adicionarem novos blocos à blockchain. No caso do Bitcoin, o halving acontece a cada 210.000 blocos minerados, o que ocorre aproximadamente a cada quatro anos. Durante o halving a recompensa em Bitcoin que os mineradores recebem é reduzida para metade. Quando o Bitcoin foi lançado em 2009 a recompensa era de 50 Bitcoins por bloco minerado. Desde então já aconteceram 3 halvings, tendo o último ocorrido em maio de 2020, sendo a recompensa de 6,25 Bitcoins. O próximo halving está previsto para maio de 2024 e a recompensa será novamente reduzida para metade, ou seja, 3,125 Bitcoins. O objetivo principal do halving é controlar a oferta de Bitcoin e criar um sistema monetário com escassez programada. Ao reduzir a recompensa dos mineradores para metade, o halving contribui para uma oferta limitada de Bitcoin ao longo do tempo. Isso significa que, com o passar dos halvings, a quantidade de novos Bitcoins criados diminui progressivamente, o que se espera vir a ter um impacto positivo, com o aumento do seu preço.

Hard Wallet

Inserem-se na categoria de Cold Wallet, as quais permitem manter-se offline. Tratam-se de dispositivos físicos de armazenamento, unidades de formato USB portáteis (disco ou PEN), que se conectam ao computador e permitem guardar as nossas criptomoedas com segurança, bem como as chaves privadas. Geralmente oferecem a opção de adicionar um PIN para desbloquear a unidade.

Hash Rate

Hash rate refere-se ao poder computacional de uma rede ou de um minerador individual. Mede a velocidade a que uma máquina mineradora (mining hardware) ou uma rede de máquinas pode resolver as equações matemáticas necessárias para validar as transações e adicionar novos blocos à blockchain. A hash rate é tipicamente medida em hashes por segundo (H/s), kilohashes por segundo (KH/s), megahashes por segundo (MH/s), gigahashes por segundo (GH/s), terahashes por segundo (TH/s), e pentahashes por segundo (PH/s). Estas unidades representam o número de cálculos de hash que podem ser efetuados por segundo por uma máquina mineira ou por uma rede de máquinas. À medida que a taxa de hash aumenta, também a dificuldade de minerar aumenta, tornando mais difícil para os mineradores validarem as transações e assim ganharem recompensas. É também um indicador importante da saúde e segurança globais de uma rede blockchain, uma vez que uma taxa de hash elevada torna mais difícil ocorrem ataques que poderiam comprometer a sua integridade.

HODL – Hold on for Dear Life

Aparentemente, este termo nasceu de um erro tipográfico durante um fórum Bitcoin em 2013. Desde então, este conceito tornou-se popular e mantém-se até aos dias de hoje. No fundo significa, segurar o nosso investimento ao longo de um período de tempo.

Honeypot

O termo “honeypot” em criptomoedas refere-se a um esquema fraudulento ou golpe em que um projeto/empresa é divulgado para atrair investidores e depois fugir com os seus fundos. Os golpes de honeypot geralmente são disfarçados como oportunidades de investimento legítimas e podem assumir muitas formas, como uma venda falsa de token ou um projeto falso que promete gerar altos retornos. O termo “honeypot” vem da ideia de uma armadilha projetada para atrair vítimas incautas com a promessa de uma recompensa doce. Um golpe de honeypot pode resultar na perda de todo o seu investimento. Por isso façam sempre um estudo aprofundado (DYOR) antes de investirem em qualquer projeto de criptomoedas ou se envolverem em atividades de negociação e esteja ciente de quaisquer ofertas que pareçam ser boas demais para ser verdade.

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ICO – Initial Coin Offering

Oferta inicial de moeda, com a finalidade de angariar fundos para arrancar com um determinado projeto (token).

ISPO – Initial Staking Pool Offering

A oferta inicial de pool de staking é um modelo de angariação de fundos usado em alguns projetos de blockchain e criptomoedas. Um bom exemplo disto é o ecossistema de Cardano. Os utilizadores delegam uma quantidade de tokens, neste caso ADA, numa pool de staking para participarem num projeto que normalmente está na sua fase inicial. Em contrapartida, os participantes recebem uma percentagem de tokens na mesma espécie (ADA) ou outra, como recompensa. Esta distribuição é efetuada em determinados períodos de tempo, denominados Epochs. Tudo dependerá das regras previamente definidas para cada ISPO. No final do período previsto, serão restituídas ao investidor o total das tokens inicialmente aplicadas.

KYC – Know your customer

É um processo de validação de dados pessoais, onde o utilizador que pretende utilizar um determinado serviço, por exemplo uma Exchange, terá de confirmar os seus dados através do envio de documentação de identificação, comprovativo de morada e por vezes um selfie.

Launchpad

Um Launchpad é uma plataforma de lançamento que permite aos criadores de novos projetos de criptomoedas arrecadarem fundos e lançar os seus tokens através de processos chamados de IDO – Initial Dex Offering, ICO – Initial coin offering ou IEO – Initial Exchange Offering. Através destas plataformas é oferecida a possibilidade aos investidores de apoiarem novos projetos e adquirirem tokens num estágio inicial, antes que sejam disponibilizados em exchanges de criptomoedas, o que se revela ser uma clara vantagem, devido ao preço mais baixo a que são adquiridos. Estas plataformas são geralmente construídas em cima de exchanges descentralizadas (DEXs) e utilizam tecnologia de smart contracts para gerir a venda e distribuição de tokens. Os projetos que são lançados nestas plataformas, estão sujeitos a requisitos rigorosos, através de processos de seleção minuciosos e apoiados por uma forte comunidade de seguidores. Os Launchpads tornaram-se uma maneira popular para “start-ups” de criptomoedas ganharem visibilidade e arrecadarem financiamento e para os investidores terem acesso antecipado a projetos potencialmente promissores.

Layers – Camadas

As camadas (layers) de uma blockchain são frequentemente divididas em Layer 0, Layer 1 e Layer 2. Cada camada tem suas próprias características e diferenças. Layer 0 é a camada física da rede, que inclui o hardware e a infraestrutura de rede. Esta camada é responsável por conectar os nós de rede e garantir a transmissão de informações. A camada física é uma parte essencial da blockchain, mas geralmente não é considerada uma camada de blockchain em si. Layer 1 é a camada da blockchain que lida com o consenso e a validação de transações. É a camada que mantém o registo permanente de todas as transações da rede e assegura que todas as transações sejam validadas de forma confiável. A camada 1 inclui o protocolo da blockchain, como o Bitcoin ou Ethereum, e é responsável por manter a segurança e a descentralização da rede. Layer 2 é a camada da blockchain que lida com a escalabilidade e o desempenho da rede. É construída em cima da camada 1 e permite que as transações ocorram fora da blockchain principal, tornando a rede mais rápida e escalável. As soluções de camada 2 incluem tecnologias como canais de pagamento, sidechains e plasma chains. Exemplo: Lightning Network (BTC), Polygon (MATIC), Plasma Chain (Plasma).

Ledger

Funciona como um livro razão, onde ficam registadas todas as transações da blockchain.

Lightning Network

Protocolo descentralizado, que foi criado com o intuito de melhorar a escalabilidade da Bitcoin, que funciona como Layer 2 (camada em cima da rede BTC), através de smart contracts. Com este protocolo a correr em pleno será possível termos transações quase instantâneas com um custo muito reduzido.

Atualmente a rede Bitcoin consegue processar apenas 7 a 8 transações por segundo e caso a rede esteja muito congestionada, os custos podem ascender a valores bastante elevados por transação, o que desincentiva o uso de BTC, por exemplo para efetuar micro pagamentos. Com a Lightning Network, prevê-se chegar a níveis próximos de 1 milhão de transações por segundo. Apesar de estar ativo, este protocolo encontra-se ainda em desenvolvimento.

Memecoins

As memecoins são criadas geralmente como uma brincadeira ou para fins de entretenimento, para homenagear um meme popular, uma celebridade ou um evento específico. Embora inicialmente consideradas uma brincadeira, algumas memecoins têm ganho uma popularidade significativa, o que se reflete no aumento do seu preço, atraindo a atenção de investidores e traders. As comunidades de fãs que se formam em torno dessas tokens, também têm uma grande influência na divulgação e crescimento desses projetos. Exemplos incluem Dogecoin e Shiba Inu ou Baby Doge, que ganharam maior destaque devido a tweets e vídeos do Elon Musk espalhados pela internet. No entanto, é importante lembrar que memecoins são frequentemente altamente voláteis e podem ser considerados um investimento de alto risco, devido à sua natureza imprevisível e à falta de fundamentos financeiros ou utilidade real.

MICA

É um acrónimo de Markets in Crypto-Assets Regulation, e refere-se ao conjunto de regulamentos propostos pela Comissão Europeia para fornecer um quadro regulatório abrangente para criptoativos na União Europeia. Esta regulamentação visa estabelecer regras claras e consistentes para atividades relacionadas a criptomoedas, como emissão, negociação, custódia e intermediação.

Foi aprovada pelo Conselho da União Europeia em maio de 2023 e tem como principais objetivos:

  • Proteger o investidor: Assegurar que os investidores em criptoativos estejam devidamente informados sobre os riscos associados e que suas transações sejam protegidas contra fraudes e práticas desleais.
  • Integridade do mercado: Prevenir a manipulação do mercado, abuso de informações privilegiadas e outras práticas ilícitas, promovendo a transparência e a supervisão adequada.
  • Inovação e competitividade: Fomentar a inovação responsável, permitindo o desenvolvimento de novas soluções e modelos de negócios no setor de criptoativos, ao mesmo tempo em que garantem a conformidade com as regulamentações.

A sua implementação está prevista para o início de 2024.

Mining

Mining ou mineração é o processo pelo qual novas moedas criptográficas são criadas e as transacções são verificadas na blockchain. A fim de compreender como funciona a mineração, é importante rever o conceito de blockchain. Mining é o processo pelo qual novos blocos são adicionados à Blockchain. A fim de adicionar um novo bloco, os mineradores devem primeiro resolver um complexo quebra-cabeças criptográfico. O primeiro minerador a resolver o puzzle e verificar as transacções no bloco é recompensado com moedas criptográficas recentemente criadas, bem como quaisquer taxas de transação associadas às transações no bloco. Este processo requer um poder de computação significativo, uma vez que os quebra-cabeças criptográficos são concebidos para serem difíceis de resolver. Os mineradores utilizam hardware e software especializado para competir pelas recompensas associadas à mineração de novos blocos. À medida que mais mineiros se juntam à rede, a dificuldade dos puzzles aumenta, exigindo ainda mais poder computacional para a extração de novos blocos. O processo de mineração é uma parte importante do ecossistema das criptomoedas, pois garante a segurança e integridade da cadeia de blocos. Ao verificar as transações e ao adicioná-las à cadeia de blocos de forma segura e transparente, os mineradores ajudam a prevenir a fraude e a assegurar a estabilidade do sistema.

Multisig Wallet

Uma carteira multissig de criptomoedas é um tipo de carteira que requer mais do que uma assinatura ou aprovação para iniciar transações. Numa carteira multisig, são necessárias várias chaves privadas para autorizar transações, em vez de apenas uma, como numa carteira típica de criptomoedas. Por exemplo, uma carteira multisig 2-de-3 pode exigir que dois dos três utilizadores designados assinem uma transação para que ela seja executada. Isto pode adicionar uma camada extra de segurança às transações de criptomoedas, pois reduz o risco de um único ponto de falha. As carteiras multssig são frequentemente utilizadas por empresas ou organizações que requerem protocolos de segurança mais rigorosos, bem como, por utilizadores individuais que desejam aumentar a segurança dos seus ativos de criptomoedas. No entanto, é importante observar que, embora as carteiras multisig possam reduzir o risco de roubo ou fraude, elas também adicionam uma camada extra de complexidade e podem tornar as transações mais demoradas para executar.

NODE – Nós de Rede

Dentro da rede blockchain, os “nós” são computadores que se conectam à rede e têm uma cópia atualizada da blockchain. No caso da rede Bitcoin, sendo um código aberto e público, os Nodes evitam que qualquer pessoa com conhecimentos avançados em programação possa modificar ou criar a sua própria versão desse código.

Na rede Bitcoin, existem 4 tipos de nodes:
· Full nodes – é gerido todo o histórico da rede (Ledger ou livro-razão). É verificada a sua integridade e são validadas as novas transações.
· Mining nodes – Os mineradores que criarem novos blocos, são recompensados com BTC e também com fees das transações efetuadas na rede.
· Mining pools – Colaboração entre vários mineradores, com intuito de aumentarem o seu hash-power (poder computacional) e gerarem de forma mais rápida o próximo bloco.
· Light nodes – Efetuam a verificação simplificada de pagamentos (SPV) nas wallets para smartphones. Ao contrário dos Full Nodes, estes mantêm apenas os cabeçalhos dos blocos e não o histórico completo.

On-Ramp / Off-Ramp

No contexto das criptomoedas, “on-ramp” refere-se a um método ou plataforma que permite às pessoas converterem moeda fiduciária tradicional (FIAT), USD, EUR ou JPY em criptomoedas. Funciona como uma ponte de entrada e pode ser aplicada por exemplo em Exchanges, plataformas de negociação peer-to-peer ou ATM de Bitcoin. Por outro lado, “off-ramp” ou ponte de saída, é um método ou plataforma que permite às pessoas converterem as suas criptomoedas de volta em FIAT. Neste caso, também é aplicado nas Exchanges de criptomoedas, plataformas de negociação peer-to-peer ou até mesmo cartões de débito de criptomoedas que permitem aos utilizadores gastarem os seus ativos digitais como dinheiro. Juntas, as pontes de entrada e saída tornam possível para as pessoas entrarem e sairem facilmente do mercado de criptomoedas, comprando e vendendo ativos digitais como acharem melhor. Sem essas pontes de entrada e saída, seria muito mais difícil para a pessoa comum participar neste ecossistema.

Ordinals – Protocolo e BRC-20 tokens

O protocolo Ordinals é uma forma de inscrever informações principalmente na forma de NFTs e tokens na blockchain de Bitcoin, apesar do limite de tamanho do bloco Bitcoin, atualmente 4 MB, sendo o limite prático atual consideravelmente menor do que isso, em torno de 400kb.

O padrão de token BRC-20 é um padrão de token fungível experimental para a blockchain da Bitcoin, que utiliza o protocolo Ordinals, permitindo implementar, emitir e transferir tokens.

O padrão de token BRC-20 está pronto para revolucionar o espaço criptográfico, permitindo que os utilizadores escrevam informações em cada Satoshi, como texto, imagens, áudio e vídeo, entre outros. Alguns exemplos de NFTs e tokens que foram criados usando o protocolo Ordinals e tokens BRC-20 incluem o ORDI, o primeiro token BRC-20, NALS, VMPX e PEPE.

A utilização massiva destes tokens, tem levantado alguma preocupação, por parte da comunidade cripto, sobre o impacto causado nas taxas de transação e congestionamento da blockchain.

Perfil de Investidor

O perfil de investidor será o ponto de partida para iniciar a sua atividade nos mercados financeiros. Será a forma de entendermos a nossa predisposição ao risco. Encontra-se divido essencialmente em 3 categorias principais:
• Conservador: Tem como principal objetivo, assegurar o montante investido, tendo como preferência os investimentos de baixo risco, por exemplo, com capital garantido, sendo expetável um ROI (Return On Investment) mais baixo.
• Moderado: O investidor está disposto a assumir algum risco com os seus investimentos a médio/longo prazo, mas com um potencial de retorno superior ao perfil conservador.
• Arrojado/Dinâmico: Investidor que tolera bem o risco, esperando um retorno considerável a médio/longo prazo, estando disposto a assumir eventuais perdas pelos seus investimentos.
Nunca esquecer uma regra muito importante: “Rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras.”

Portefólio

Os portefólios ou carteiras de investimento, são conhecidos como um conjunto de ferramentas financeiras que auxiliam os investidores na gestão dos seus ativos financeiros e na tomada de decisões.

Exemplo de algumas funcionalidades disponíveis nestas ferramentas:

• Nome do ativo

• Data de aquisição

• Valor em carteira

• Preço de compra/venda ou preço médio

• Informação sobre o projeto

• All-time high/All-time low

• Market Cap

POS – Proof Of Stake

Foi criado com o objetivo de substituir o POW, por ser um modelo mais eficiente em termos energéticos e de escalabilidade.

Trata-se de um modelo de consenso, onde os validadores são selecionados de um modo aleatório. Ao contrário do POW, não temos de ceder energia e poder computacional para gerar novas moedas. Neste modelo, colocamos as nossas moedas disponíveis, através de staking, como forma de garantir o bom funcionamento da rede e gerar novas moedas.

É um tipo de consenso mais centralizado, pois investidores ou entidades que detenham uma grande percentagem de uma determinada token ou moeda, denominadas “whales”, poderão manipular facilmente o preço desse ativo no mercado, com a compra ou venda em grandes quantidades.

POW – Proof of Work

É o modelo de consenso mais conhecido e antigo, para o qual é necessária uma elevada capacidade computacional. Foi adotado por Satoshi Nakamoto, conforme consta no whitepaper em 31/10/2008, para implementação na rede Bitcoin.

Para que a validação de um bloco tenha sucesso, é necessário realizar operações computacionais complexas, sequenciais, por parte dos validadores, recorrendo à criptografia para manter a segurança da rede. Este processo é conhecido como mining (mineração), onde são geradas novas moedas.

Para além da segurança, com este modelo foi possível eliminar a intervenção de intermediários (por ex.: Bancos) e resolver o problema da duplicação de gastos nas transações P2P (peer-to-peer), em que consistia no ato de fazer pagamentos em duplicado, com a mesma moeda, para enganar o destinatário desses fundos.

Atualmente discute-se a questão da eficiência energética deste modelo de consenso, que o POS – Proof of Stake pretende resolver.

Public Key (Chave pública)

Permite criar quantos endereços públicos desejar de uma carteira Bitcoin com base numa Chave Privada Mestre, a qual implementa um compromisso que impede que um invasor gaste o que está armazenado nessa carteira. Geralmente é usado para habilitar armazenamento e gastos offline ou seja, as operações são executadas com um computador não conectado à rede e o resultado é transportado num USB para um computador conectado à rede. É o sistema usado por carteiras físicas ou de hardware.

Privacy Coin

Uma privacy coin (ou criptomoeda de privacidade) é uma criptomoeda que coloca uma ênfase especial na privacidade e na segurança do utilizador, mantendo o anonimato das transações efetuadas, protegendo a identidade dos envolvidos, o valor da transação e outras informações confidenciais. Estas criptomoedas utilizam diferentes técnicas para proteger a privacidade dos utilizadores, com recurso a criptografia avançada e sistemas de anonimato, como o Tor (The Onion Router) e a rede I2P (Invisible Internet Project), garantindo assim que as informações dos utilizadores permanecem confidenciais e não acessíveis a terceiros, incluindo governos e outras entidades fiscalizadoras. As criptomoedas de privacidade podem ser usadas em diferentes tipos de transações, incluindo compras on-line, transferências de fundos e negociações financeiras confidenciais. Existem relatos que também são usadas para fins ilícitos, o que leva por vezes a associar as privacy coins a atividades criminosas, ainda que não existam provas em concreto. É importante ressalvar que o uso de criptomoedas de privacidade não é ilegal. Em resumo, as criptomoedas de privacidade oferecem um alto grau de privacidade e segurança aos utilizadores em transações financeiras, mas é importante lembrar que o seu uso pode ter implicações legais e éticas. Algumas criptomoedas de privacidade atualmente no mercado são a Monero (XMR), ZCash (ZEC), Dash (DASH), Verge (XVG).

Private Key (chave privada)

A Chave Privada Principal ou Master Private Key é uma chave de 256 bits gerada a partir de uma frase inicial que permite a criação de um número infinito de chaves numa carteira determinística ou HD.

Rugpull

É um tipo de esquema (scam) premeditado que ocorre, sempre que uma equipa de um determinado projeto injeta fundos próprios e/ou através dos seus investidores, para fazer subir de forma repentina o preço do seu token. Enquanto isso, os criadores continuam a divulgar o seu projeto com falsas promessas de retorno muito alto, de forma a atrair mais investimento, quando na verdade o seu token não apresenta qualquer utilidade.

No momento certo, estes burlões retiram o máximo de liquidez possível, passando o preço do token a zero, ou seja, os investidores ficam com um ativo sem valor e o projeto morre naquele momento.

Existem 3 tipos de rugpull:

– roubo de liquidez: os criadores retiram todas as tokens da reserva de liquidez (liquidity pool). Isto poderá ocorrer de imediato ou ao longo do tempo (slow rugpull), até que o seu token passe a valer zero.

– limitar ordens de venda: Forma subtil de defraudar os investidores, pois a opção de venda do token é bloqueada, ficando apenas acessível aos criadores do projeto.

– dumping: mais conhecido por esquema pump-and-dump, ocorre após a divulgação massiva do projeto, por exemplo através de redes sociais, atingindo rapidamente o pico do seu preço. Logo de seguida, os criadores vendem as grandes quantidades de tokens que detêm, deixando os seus investidores com uma “mão cheia de nada”.

Os investidores precisam ter cuidado ao considerar investir em projetos de criptomoedas e fazer a sua própria pesquisa antes de investir. Isso inclui verificar a equipa do projeto, ler o livro branco do projeto, participar em comunidades de discussão relevantes e verificar a reputação do projeto na comunidade de criptomoedas.

Seed Phrase ou Recovery Phrase

Também conhecida como frase de recuperação, é uma combinação de 12 ou 24 palavras aleatórias, protegida por criptografia, que é gerada no momento da criação da carteira cripto.

Trata-se da camada de segurança mais importante para os utilizadores, pois permite o acesso e recuperação à nossa cripto/carteira, em caso de avaria, perda, roubo, entre outros. Serve como um backup de emergência.

Por isso é muito importante ter em mente que nunca devemos partilhar a nossa seed phrase e que a mesma deverá estar guardada num local seguro.

SELL-OFF

Num cenário de forte instabilidade e de incerteza nos mercados, por vezes os investidores deixam que as suas emoções os dominem, dando origem ao pânico nos mercados, mais conhecido como Sell-Off, a vontade irracional de vender rápido e de fechar as suas posições no mercado, uma vez que receiam perdas muito significativas. Uma consequência desta ação, é o chamado “efeito manada”, que consiste na replicação do mesmo comportamento por um elevado numero de investidores.

Shitcoin

Refere-se a uma criptomoeda com pouco ou nenhum valor intrínseco e sem um objetivo ou propósito definido. Com o sucesso da bitcoin, surgiram vários criadores interessados na tecnologia blockchain e na criação das suas próprias altcoins, mas que em nada se assemelham à BTC, estando o seu valor baseado em pura especulação.

Normalmente seguem um padrão idêntico. São divulgadas através de várias redes sociais, autointitulam-se como sendo um grande projeto, criando HYPE e FOMO nos investidores. Após o seu lançamento, verifica-se que o seu preço aumenta exponencialmente durante um curto período de tempo, à medida que os investidores começam a entrar e logo de seguida despejam as suas moedas para capitalizar os ganhos a curto prazo.

Alguns projetos acabam por morrer nesse momento por falta de liquidez, outros mantém-se ativos ao longo do tempo, sem no entanto, conseguirem recuperar o seu peço inicial e em casos extremos podemos assistir a um rugpull, onde o próprio criador liquida e abandona o projeto, deixando os investidores com “uma mão cheia de nada”.

Smart Contract

Um contrato inteligente estabelece os termos de um acordo, tal como um contrato tradicional, mas neste caso, sem a papelada e burocracias habituais, pois toda a informação fica armazenada na Blockchain, por exemplo Ethereum, Cardano, Solana, entre outros. Através destes contratos, os programadores criam aplicações descentralizadas (dAPPs), que estabelecem as regras entre as partes envolvidas (participantes).

Os contratos inteligentes são alimentados por informação externa, denominados oráculos. Sendo implementados na rede, estes contratos não poderão ser alterados, nem mesmo pelo próprio criador, o que garante a sua segurança e estabilidade. Um caso simples de um smart contract: emprestarmos cripto através de lending e em contrapartida recebermos juros.

Os smart contracts poderão ser aplicados em diversas áreas do nosso dia-a-dia, tais como o comércio, Banca, mercados imobiliários, seguros, saúde, entre outros, simplificando processos, sendo mais eficientes e reduzindo custos.

Soft Wallet

Está inserida na categoria de Hot Wallets.

É um software onde ficam armazenadas as criptomoedas e as respetivas chaves privadas. Este tipo de carteira é normalmente oferecido no formato para desktop, app ou online (computador, telemóvel ou website oficial, respetivamente) Ao contrário do que acontece com as hard wallets, as soft wallets armazenam os dados e informações dos utilizadores num servidor (cloud), sendo necessária uma ligação à Internet para aceder, utilizar e gerir os mesmos.

SPAC

O nome SPAC significa “Special Purpose Acquisition Company” (Empresa de Aquisição de Fins Especiais). Também são chamadas “Blank Check Companies” (explicaremos brevemente a razão para este nome). Basicamente, uma SPAC é uma empresa sem um modelo de negócio específico: não tem atividade comercial. O seu único objetivo é obter fundos para fusões e aquisições. A sua missão é angariar fundos através da IPO. Ou seja, por uma Oferta Pública Inicial (IPO), a empresa oferece ações em troca de arrecadar capital. O dinheiro é colocado numa conta fiduciária remunerada (uma conta caucionada) e o objetivo é comprar uma ou mais empresas para criar uma empresa, cotada na bolsa.

Stablecoin

É um tipo de criptomoeda indexada a um ativo de reserva estável, nomeadamente ao USD ou EUR na (proporção de 1:1), ouro ou outros ativos financeiros. Foi criada com o objetivo de minimizar a volatilidade do seu preço, fazendo a ligação entre o mercado cripto e a moeda fiduciária (FIAT). Existem neste momento várias stablecoins no mercado cripto, das quais destaco:

USDT (Tether); USDC (USD Coin); BUSD (Binance USD); DAI (MakerDAO)

Principais vantagens:

  • Estabilidade de preço (indexada ao USD ou EUR)
  • Apoiadas financeiramente por ativos reais, embora existam muitas dúvidas em relação a algumas Stablecoins atuais, se de facto são apoiadas por ativos reais. Elevada liquidez. Facilidade de ser transacionada sem a necessidade de ter uma conta bancária.
  • Disponível 24h por dia, 7 dias por semana, em todo o mundo.
  • Custos reduzidos.
  • Possibilidade de ganhar juros, através de rendimento passivo, normalmente superiores à oferta de mercado.

Principais desvantagens:

  • O facto de a maioria das stablecoins não serem auditadas, levanta algumas questões quanto às suas reservas, gerando também alguma desconfiança por parte dos investidores.
  • Altamente centralizadas.

Time The Market VS Time In The Market

Time the market, consiste essencialmente numa tentativa de acertar nos momentos mais favoráveis do mercado em termos de preço, ou seja, o ponto mais baixa, que será o momento ideal para efetuar a compra de um ativo ou pelo contrário, acertar no ponto mais alto, ideal para efetuar uma ordem de venda. Como é óbvio, trata-se de uma estratégia muito difícil de implementar, dada a volatilidade a que estão sujeitos os mercados financeiros, sobretudo o mercado cripto.

Por outro lado, time in the market, leva em conta o tempo em que o investidor está no mercado, ou seja, a experiência adquirida ao longo do seu percurso em que não tenta adivinhar o ponto ótimo, mas sim, baseando-se nos fundamentos dos projetos e numa estratégia de longo prazo, como por exemplo o DCA (Dollar Cost Averiging).

Token

No mundo das criptomoedas, um token é a representação digital do valor de um ativo (físico ou não). Há uma série de padrões para criá-los e atualmente a rede Ethereum é a que abriga mais de 80% dos tokens existentes.

Tokenização

Tokenização é o processo de converter um ativo físico ou intangível num token digital que fica registado numa blockchain. Um token é uma unidade digital que representa um ativo, que poderá ser uma moeda, ação, propriedade imobiliária ou qualquer outro ativo de valor. A tokenização permite que esses ativos sejam fragmentados em partes menores e representados como tokens digitais indivisíveis, rastreáveis e transferíveis. Uma das vantagens da tokenização, é tornar mais acessível aos investidores a compra e venda de frações de ativos que antes eram inacessíveis devido ao seu valor alto ou a restrições geográficas. Além disso, a tokenização pode melhorar a liquidez, facilitando a negociação contínua dos tokens em mercados secundários, proporcionando aos investidores mais oportunidades de saída.

A tecnologia blockchain desempenha um papel fundamental na tokenização, uma vez que fornece de forma pública e transparente, todas as transações e transferências de tokens. Isso garante a segurança, a imutabilidade e a verificabilidade dos registos, eliminando a necessidade de intermediários tradicionais.

A tokenização está a revolucionar vários setores, nomeadamente o imobiliário, arte, financiamento, entre outras. Oferece novas formas de investimento, democratizando o acesso a ativos e criando oportunidades para a inovação financeira. No entanto, é importante estar ciente dos riscos associados à tokenização, como regulamentações em evolução e volatilidade do mercado.

Tokenomics

É um conceito muito importante, que deriva da junção dos termos ”token” e “economics”.

Qualquer investidor procura estar bem informado sobre um projeto. Se o token for bem concebido, com uma visão bem delineada, com utilidade e incentivos para a compra e retenção a longo prazo (HODL), com certeza terá um retorno interessante. Dessa forma, recorrendo aos tokenomics, é possível explicar a estrutura e o ciclo de um token, como por exemplo:

• Como é emitido. Quantidade disponível (limitada ou ilimitada)?

• Utilidade: qual a sua visão, o que traz de novo?

• Sistema de incentivos aplicado: mining, staking, reflections, airdrops?

• Como é feita a sua distribuição? Em muitos projetos, existe uma percentagem de tokens reservada aos investidores iniciais, outra para o público em geral, liquidez, desenvolvimento do projeto, entre outros.

TRILEMA em cripto

Como sabemos, a base de uma blockchain é a sua descentralização. Ou seja, o facto de podermos efetuar transações sem a existência/necessidade de um autorizador ou intermediário, o verdadeiro P2P (peer-to-peer). Um bom exemplo desta situação é a rede Bitcoin.

No entanto, para podermos transacionar dentro da blockchain, teremos de garantir a sua segurança, de modo a aumentarmos a confiança e atrairmos mais investidores (através de criptografia).

E por último, se o objetivo é implementar a blockchain como o futuro da transacionalidade a nível mundial, teremos de garantir a sua rapidez (Ex: Lightning network).

Será que já temos estas três características a funcionar em pleno, descentralização, segurança e rapidez? Infelizmente, ainda não. Caso contrário teríamos resolvido o famoso trilema.

TVL – Total Value Locked

TVL é um termo usado para medir a quantidade total de ativos financeiros bloqueados num protocolo DeFi (finanças descentralizadas). Isso inclui tokens, moedas, empréstimos e outras formas de ativos bloqueados num contrato inteligente (smart contract) de um protocolo DeFi específico. O TVL é um indicador importante para avaliar o sucesso e a popularidade de um protocolo DeFi.

Vesting Period

O vesting period ou período de vinculação, aplicado ao mercado cripto, refere-se ao tempo durante o qual os tokens adquiridos num determinado projeto estão alocados (bloqueados), sendo libertados de forma gradual aos seus investidores, como parte de um programa de recompensas, distribuição de tokens ou planos de incentivo. Em vez de receberem todos os tokens num único momento, os destinatários recebem os tokens ao longo de várias etapas ou períodos, incentivando a participação a longo prazo e evitando vendas massivas imediatas (dumps), que possam afetar negativamente o mercado.

WAGMI – ‘We are All Gonna Make It’ (Vamos Todos Conseguir)

Mais um termo muito usado na gíria cripto, que tem como principal objetivo criar confiança e encorajar a comunidade cripto.

Whale

Termo utilizado para identificar um investidor ou grupo de investidores, que concentram uma grande quantidade de moeda(s). Este tipo de investidor poderá representar um levado grau de risco no mercado, uma vez que tem a capacidade de manipular o preço dos ativos a seu favor, com a compra ou venda de grandes quantidades. Em termos práticos, imagem se Michael Saylor (atualmente o quarto maior detentor de bitcoin), vendesse metade do seu portefólio. Conseguem imaginar o impacto que causaria?

VR – Virtual Reality (Realidade Virtual)

A realidade virtual tenta simular uma experiência idêntica ao mundo real, mas num ambiente simulado.
Podemos ver esta tecnologia aplicada em filmes 3D, visitas virtuais ou em jogos de computador. Pretende-se criar ao espectador uma experiência completamente imersiva através de simulações realistas, recorrendo a meios informáticos e instrumentos sensoriais, como por exemplo óculos virtuais (Oculus Quest, atualmente conhecidos por Meta Quest). Temos vindo a assistir a melhorias significativas nesta área, com a melhoria da interação do espectador com a VR, com a introdução de sensações cada vez mais realistas, como o calor, frio, vento, entre outros.

Volatilidade

Variação abrupta do preço de um ativo(s), que poderá ser ascendente ou descendente. No mercado cripto, é muito frequente assistirmos a este tipo de movimentos de valorização ou desvalorização de tokens, por vezes em períodos muito curtos, na ordem dos dois ou mesmo três dígitos.

Whitepaper

Documento técnico que descreve as principais características ou propriedades de um projeto com base na tecnologia blockchain e sua correspondente criptomoeda.

Zero Knowledge Proof ou ZKP’s / zk-SNARKs,

Zero Knowledge Proof ou ZKP’s são um tipo de protocolo criptográfico que permite que uma parte prove à outra a verdade de uma afirmação sem revelar informações adicionais além da verdade da afirmação.

As ZKP’s podem ser usadas para aumentar a privacidade e segurança em várias aplicações, como autenticação on-line e votação eletrónica.

Transpondo para o mundo crypto, temos o caso de Ethereum onde é usado um protocolo específico, zero chamado zk-SNARKs, para permitir transações privadas na blockchain do Ethereum.

Com o zk-SNARKs, as partes podem provar que têm fundos suficientes para uma transação sem revelar os seus saldos reais de conta ou outras informações sensíveis.

Autor: Marco Santos, membro da nossa comunidade Discord.